Rui Barbosa, um dos maiores estadistas do Brasil, ouviu, de madrugada, um barulho no seu galinheiro. Já velhinho, pegou sua bengala e se dirigiu para lá. Em lá chegando, se deparou com um ladrão que já estava saindo com duas galinhas em cada mão. Disto, o velho advogado apontou a bengala na cara do larápio e falou:
- Ignoto cleptomaníaco, se aqui vens por imperiosa necessidade, perdoar-te-ei, mas se o fazes para satisfazer teus espíritos deletérios ou para zombar de minha auto-prosopopéia, dar-te-ei com o meu cajado no alto da tua sinagoga e reduzirte-ei as massas encefálicas em cinzas cadavéricas neste solo pátrio.
Daí um ladrão falou:
- Ué... eu posso ou não posso levar as galinhas?
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