sábado, 31 de maio de 2008

Os 52 sintomas de pobreza do advogado

1. Depois de 5 anos de formado, descobrir que não vai ganhar dinheiro como advogado e prestar concurso para Oficial de Justiça;

2. "Incorporar" ao escritório uma imobiliária, despachante, serviços de Junta Comercial ou de cópias xerográficas;

3. Convencer a mulher a trabalhar como secretária (para não ter de pagar salário), e a filha a fazer "Direito" na USP, para estudar de graça (e depois também trabalhar de graça);

4. Ensinar a secretária a fazer as petições mais simples, para não ter de pagar estagiário;

5. Dar caixinha para Oficial de Justiça com ticket-refeição de 3 reais;

6. Dar lembrancinhas de final de ano aos funcionários do Fórum compradas no R$ 1,99 que fica ao lado do Fórum;

7. Ir a casamentos, batizados ou festas de aniversário usando o anel de formatura e o broche da OAB, AASP ou do escritório preso na roupa;

8. Ir a qualquer evento social e distribuir o seu cartão para todo mundo (inclusive manobristas, garçons...);

9. Trazer garrafa térmica com água quente de casa e servir café solúvel aos clientes;

10. Andar com dois celulares na cintura, sendo os dois pré-pagos, e só recebendo ligações;

11. Aceitar fazer uma execução de 50 reais e tentar fazer um acordo;

12. Tentar a conversão de uma separação litigiosa em consensual, para receber os honorários mais depressa;

13. Fazer o estagiário recolher custas com dinheiro do próprio bolso (do estagiário) e "se esquecer" de pagá-lo;

14. Exigir que o estagiário tenha inglês e informática, porque você não sabe mexer no computador;

15. Ter computador no escritório e só saber jogar paciência nele;

16. Dizer ao estagiário: "O seu maior pagamento é o que você aprende aqui";

17. Exigir que o estagiário tenha carro e pagar o combustível a preço de banana;

18. Lembrar todos os dias ao estagiário que cursa quinto ano da faculdade que "gratidão é uma coisa muito importante";

19. Orientar o estagiário a prestar concurso;

20. Orientar o estagiário a atuar em uma área diferente da sua;

21. Perder prazo e colocar a culpa no estagiário;

22. Tentar convencer amigos e parentes que queiram prestar vestibular para Direito a não fazê-lo, alegando que o mercado já está muito saturado;

23. Economizar o dinheiro do almoço, passando vinte vezes na sala da OAB no Fórum para tomar café e comer bolacha de graça (a despeito da anuidade, mas esta também não está sendo paga);

24. Quando se envolver em alguma discussão no trânsito,dizer: "Você sabe com QUEM está falando?" - e mostrar a carteira da OAB;

25. Dar carteirada de OAB no guarda;

26. Ter dois ou mais adesivos de "Consulte sempre um Advogado" nos vidros do carro;

27. Denominar, nas petições, o homem de "varão", a mulher de "varoa", a companheira de "amásia" e divórcio, de "desquite";

28. Usar os mesmos códigos há mais de 10 anos;

29. Levar fogão velho e geladeira à hasta pública como execução de seus honorários;

30. Inscrever-se na assistência judiciária e ligar todo santo dia para o Fórum, OAB ou Procuradoria para saber se "pintou alguma coisa";

31. Entulhar as prateleiras do escritório com um monte de livros que você nunca leu;

32. Se for homem e recém-formado, usar barba, bigode e óculos, para tentar parecer mais velho;

33. Se for mulher, usar roupas insinuantes nas audiências, para tentar distrair o juiz;

34. Ter aquela "balancinha" de latão pintada de amarelo sobre a mesa do escritório;

35. Gravar na secretária eletrônica de casa: "Residência do DOUTOR FULANO DE TAL.............";

36. Havendo sala de espera para os clientes, ter no cesto de revistas apenas os boletins da CAASP;

37. Ir visitar a mãe e orientar a secretária para dizer que você está em um congresso;

38. Ficar sem emprego por mais de um ano e dizer que está estudando para concurso da Magistratura (A MELHOR DE TODAS);

39. Dizer que tem pós-graduação e não ter;

40. Ficar de olho nos fotógrafos em eventos em uma foto que possa ser publicada no jornal (nem que seja atrás de alguém) e, se for mesmo recortá-la e colar na parede do escritório;

41. Garantir ao cliente que a causa está ganha e, quando a coisa ficar preta, substabelecer;

42. Para dizer que está se modernizando, fazer uma página na Internet, com uma foto, currículo e telefone do escritório e colocar no site grátis do Geocities;

43. Aceitar SEMPRE frango, porco ou cesta básica como pagamento de honorários;

44. Cobrar bem abaixo da tabela da OAB;

45. Fazer um flagrante e aceitar cheque pré-datado;

46. Comprar a "Agenda do Advogado" e anotar os compromissos em guardanapos de papel;

47. Comprar contrato pronto em papelaria;

48. Vender produtos da Avon no escritório;

49. Vender rifa no escritório;

50. Ofender-se com piadas de advogados;

51. Servir "Pirassununga 51" em casa para os advogados que lhe fizerem visitas;

52. SER ADVOGADO, RECEBER ESTE E-MAIL E NÃO PASSÁ-LO ADIANTE POR FAZER ALGUMA DAS COISAS ACIMA!

Diferença II

Você sabe a diferença entre Deus e o promotor?

Deus tem certeza que não é promotor, já o promotor...

(contada pelo professor Johnny Ricardo na última aula de Prática Processual, 31/05/2008)

Peidar dá justa causa?

PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região

ACÓRDÃO Nº: 20071112060
Nº de Pauta: 385
PROCESSO TRT/SP Nº: 01290200524202009
RECURSO ORDINÁRIO - 02 VT de Cotia
RECORRENTE: Coorpu’s Com Serv de Produtos Para Estet
RECORRIDO: Marcia da Silva Conceição

EMENTA

PENA DISCIPLINAR - FLATULÊNCIA NO LOCAL DE TRABALHO. Por princípio, a Justiça não deve ocupar-se de miuçalhas (de minimis non curat pretor). Na vida contratual, todavia, pequenas faltas podem acumular-se como precedentes curriculares negativos, pavimentando o caminho para a justa causa, como ocorreu in casu. Daí porque, a atenção dispensada à inusitada advertência que precedeu a dispensa da reclamante.

Impossível validar a aplicação de punição por flatulência no local de trabalho, vez que se trata de reação orgânica natural à ingestão de alimentos e ar, os quais, combinados com outros elementos presentes no corpo humano, resultam em gases que se acumulam no tubo digestivo, que o organismo necessita expelir, via oral ou anal.

Abusiva a presunção patronal de que tal ocorrência configura conduta social a ser reprimida, por atentatória à disciplina contratual e aos bons costumes. Agride a razoabilidade a pretensão de submeter o organismo humano ao jus variandi, punindo indiscretas manifestações da flora intestinal sobre as quais empregado e empregador não têm pleno domínio. Estrepitosos ou sutis, os flatos nem sempre são indulgentes com as nossas pobres convenções sociais. Disparos históricos têm esfumaçado as mais ilustres biografias. Verdade ou engenho literário, em O Xangô de Baker Street, JÔ SOARES relata comprometedora ventosidade de D. Pedro II, prontamente assumida por Rodrigo Modesto Tavares, que por seu heroísmo veio a ser regalado pelo monarca com o pomposo título de Visconde de Ibituaçu (vento grande em tupi-guarani).

Apesar de as regras de boas maneiras e elevado convívio social pedirem um maior controle desses fogos interiores, sua propulsão só pode ser debitada aos responsáveis quando deliberadamente provocada. A imposição dolosa, aos circunstantes, dos ardores da flora intestinal pode configurar, no limite, incontinência de conduta, passível de punição pelo empregador. Já a eliminação involuntária, conquanto possa gerar constrangimentos e, até mesmo, piadas e brincadeiras, não há de ter reflexo para a vida contratual. Desse modo, não se tem como presumir má-fé por parte da empregada, quanto ao ocorrido, restando insubsistente, por injusta e abusiva, a advertência pespegada e, bem assim, a justa causa que lhe sobreveio.

ACÓRDÃO

ACORDAM os Juízes da 4ª TURMA do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região em: por unanimidade de votos, rejeitar as preliminares de nulidade por suspeição de testemunha e por cerceamento de defesa, arguidas pela reclamada; no mérito, por igual votação, dar provimento parcial ao apelo da mesma, para expungir da condenação o pagamento de 11 dias de saldo de salário, por já devidamente quitado, expungir da condenação o pagamento de diferenças salariais decorrentes do acréscimo de 30% pelo desvio de função e suas integrações em horas extras, férias mais 1/3, 13º salários, aviso prévio e FGTS com 40%, tudo na forma da fundamentação que integra e complementa este dispositivo.

São Paulo, 11 de Dezembro de 2007.

Ricardo Artur Costa e Trigueiros
Presidente e Relator

Fonte: Site Legal.adv.br, em 19/03/2008.

Cliente com pernas

“in dubio pro reo”

Ele se viu defendendo um sujeito contra o qual a mulher ajuizou ação de separação. Em tese seria uma audiência simples, um pouco de lavagem de roupa suja - como de praxe -, algum acordo e pronto. A audiência transcorreu conforme o esperado e, após a assinatura do termo pelas partes, pouco antes de sair, eis que, remexendo em seus papéis e um tanto quanto distraída, a juíza diz:

- Senhor Fulano, espere apenas mais um momento… Parece que temos também aqui uma ação de execução de alimentos correndo em outro cartório na qual o senhor ainda não foi citado e recebi o processo aqui para que se procedesse a dita citação em audiência… Deixe-me ver…

Mais tarde Alegado viria a saber que aquela senhorinha da separação havia ajuizado DUAS ações contra o tal do Fulano. Por se tratar de justiça gratuita, foram nomeados dois advogados distintos e as ações foram distribuídas em dois cartórios distintos. Entretanto, na de execução de alimentos, simplesmente não conseguiam citar seu cliente e quando descobriram que estava marcada uma audiência de separação… bem, num sinal de perspicácia da advogada dessa outra ação, foi só questão de requerer a citação em audiência.

Mas naquele momento, naquele átimo em que as últimas palavras da juíza ainda reverberavam pela sala de audiência, ante a lividez de seu cliente, e num estágio de pleno curto circuito cerebral, tudo que Alegado conseguiu lhe dizer foi o seguinte:

- Se você tem pernas, corre!

E lá se foi o Fulano porta afora…

Já disse antes que a sorte de Alegado anda de braços dados com o desastre iminente. Bem, nesse caso, foi pura estupidez mesmo. Todos os demais presentes na sala encararam Alegado com ar estupefato. Não era crível que alguém, em sã consciência, desse um “conselho” daquele tipo. Ainda mais NA FRENTE da juíza.

E esta, numa cena digna da fúria do mago Gandhalf em Senhor dos Anéis, colocou as mãos sobre a mesa, levantou-se, o olhar em chamas, e do alto de seus quatro metros de altura vociferou:

- O SENHOR FICOU LOUCO?!!! ACHA MESMO QUE ISSO VAI IMPEDIR A CITAÇÃO DO FULANO?!!! POIS SAIBA QUE NÃO SÓ VOU DÁ-LO COMO CITADO COMO AINDA VOU REPRESENTAR VOSSA SENHORIA NA ORDEM DOS ADVOGADOS!!!!!

Tudo que restou a Alegado foi desvanecer da sala de audiência, sentindo-se sem uma gota sequer de sangue no corpo. Ainda tentou, mais tarde, verificar com a advogada da ação de execução de alimentos o que exatamente a juíza teria certificado nos autos daquele processo (pois algumas ações de família correm em segredo de justiça), mas a única resposta que obteve - com uma certa satisfação dessa advogada, diga-se de passagem - foi:

- Faz o seguinte, doutor: o senhor junta uma procuração nesse processo e daí o senhor vai poder não só ver o que quiser como também peticionar se achar necessário…

Fonte: Site Legal.adv.br, em 22/08/2006.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Esquecimento

Será que o advogado do autor não esqueceu mais nada não? Clique na imagem para vê-la em tamanho real.


Fonte: Blog Diário de um Juiz, em 16/08/2007.

A resposta da professora

Uma professora universitária estava acabando de dar as últimas orientações para os alunos acerca da prova final que ocorreria no dia seguinte. Finalizou alertando que não haveria desculpas para a falta de nenhum aluno, com exceção de um grave ferimento, doença ou a morte de algum parente próximo. Um engraçadinho que sentava no fundo da classe, perguntou com aquele velho ar de cinismo:

- Dentre esses motivos justificados, podemos incluir o de extremo cansaço por atividade sexual?

A classe explodiu em gargalhadas, com a professora aguardando pacientemente que o silêncio fosse restabelecido. Tão logo isso ocorreu, ela olhou para o palhaço e respondeu:

- Isto não é um motivo justificado. Como a prova será em forma de múltipla escolha e basta marcar um X, você pode vir para a classe e escrever com a outra mão ou se não puder sentar-se poderá respondê-la em pé.

Advogado materialista

Um dvogado estaciona o seu Mercedes novo em folha na frente do escritório, pronto para exibi-lo aos seus colegas. Logo que ele abre a porta para sair, um caminhão passa raspando e arranca a porta completamente.

O advogado, atordoado, usa imediatamente o seu telefone celular e disca para o 190 e dentro de minutos chega um policial. Antes que o policial tivesse uma oportunidade de fazer qualquer pergunta, o advogado começa a gritar histericamente que a Mercedes, comprada no dia anterior, estava agora totalmente arruinada e nunca mais seria a mesma.

Iria processar o motorista, Deus e o mundo, afinal tinha direitos, era doutor etc etc.

Quando o advogado finalmente se acalma, o policial agita a cabeça em tom de descrença.

- Eu não posso acreditar no quão materialistas vocês advogados são - ele disse - Vocês são tão focados em suas posses que não notam mais nada.

- Como você pode dizer tal coisa? O senhor tem noção do valor de uma Mercedes? - pergunta o advogado.

O policial respondeu:

- E você não percebeu que perdeu seu braço esquerdo? Está faltando do cotovelo para baixo. Ele deve ter sido arrancado quando o caminhão bateu em você.

- Mas que merda - grita o advogado – Lá se foi também o meu Rolex.

Alma feminina de advogada

Quando Daniel descobriu que herdaria uma fortuna quando seu pai morresse, decidiu que precisava de uma mulher para virar sua grande companheira. Assim, em uma noite ele foi para o bar da OAB, onde procurou a advogada mais bonita que já tinha visto. A beleza natural dela tirava o fôlego.

- Eu posso parecer um advogado comum - disse enquanto se aproximava da musa - Mas em um mês ou dois meu pai vai morrer e eu herdarei 20 milhões de dólares.

Impressionada, a mulher foi para a casa com ele naquela noite e três dias depois se tornou sua madrasta.

Advogado terminando o namoro

Prezada Otaviana de Albuquerque Pereira Lima da Silva e Souza,

Face aos acontecimentos de nosso relacionamento, venho por meio desta, na qualidade de homem que sou, apesar de V Sa. não me deixar demonstrar, uma vez que não me foi permitido devassar vossa lascívia, retratar-me formalmente, de todos os termos até então empregados à sua pessoa, o que faço com supedâneo no que segue:

A) DA INICIAL MÁ-FÉ DE VOSSA SENHORIA:

1. CONSIDERANDO QUE nos conhecemos na balada e que nem precisei perguntar seu nome direito, para logo chegar te beijando;

1.2. CONSIDERANDO seu olhar de tarada enquanto dançava na pista esperando eu me aproximar.

1.3. CONSIDERANDO QUE com os beijos nervosos que trocamos naquela noite, V.Sa. me induziu a crer que logo estaríamos explorando nossos corpos, em incessante e incansável atividade sexual. Passei então, a me encontrar com Vossa Senhoria.

B) DOS PREJUÍZOS EXPERIMENTADOS:

2. CONSIDERANDO QUE fomos ao cinema e fui eu quem paguei as entradas, sem se falar no jantar após o filme.

2. 2. CONSIDERANDO QUE já levei Vossa Senhoria em boates das mais badaladas e caras, sendo certo que fui eu, de igual sorte, quem bancou os gastos.

2. 3. CONSIDERANDO QUE até à praia já fomos juntos, sem que Vossa Senhoria gastasse um centavo sequer, eis que todos os gastos eram por mim experimentados, e que Vossa Senhoria não quis nem colocar biquíni alegando que estava ventando muito.

C) DAS RAZÕES DE SER DO PRESENTE:

3.1. CONSIDERANDO AINDA QUE até a presente data, após o longínquo prazo de duas semanas, Vossa Senhoria não me deixou tocar, sequer na sua panturrilha.

3.2. CONSIDERANDO QUE Vossa Senhoria ainda não me deixa encostar a mão nem na sua cintura com a alegaçãozinha barata de que sente cócegas.

DECIDO SOBRE NOSSO RELACIONAMENTO O SEGUINTE.

4.1. Vá até a mulher de vida airada que também é sua progenitora, pois eu não sou mais um ser humano do sexo masculino que usa calças curtas e a atividade sexual não é para mim, um lazer, mas sim uma necessidade premente.

4.2. Não me venha com "colóquios flácidos para acalentar bovinos" de que pensava que eu era diferente.

4.3. Saiba que vou te processar por me iludir aparentando ser a mulher dos meus sonhos, e, na verdade, só me fez perder tempo, dinheiro e jogar elogios fora, além de me abalar emocionalmente.

Sinceramente, sem mais para o momento, fique com o meu cordial "vá tomar no meio do olho do orifício rugoso localizado na região infero-lombar de sua anatomia" que esse relacionamento já inflou o volume da minha bolsa escrotal!

Dou assim por encerrado o nosso relacionamento, nada mais subsistindo entre nós, salvo o dever de indenização pelos prejuízos causados.

Entrando na Vara, literalmente...

Confira abaixo a petição de uma advogada que não gosta de "entrar na vara". Clique na imagem para vê-la em tamanho real.

Sentença Tabajara

PODER JUDICIÁRIO SÃO PAULO
JUÍZO DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA CÍVEL DO FORO
REGIONAL II - SANTO AMARO
Processo nº 002.03.058.237-9 (3265)
Vistos.


TABAJARA DE MENEZES FILHO moveu esta ação de reparação de danos em face de REDE GLOBO S.A., imputando à ré responsabilidade pelos danos morais sofridos em razão de seu nome estar ligado às sátiras apresentadas pelo programa Casseta e Planeta Urgente, veiculado pela ré.

A ré foi regularmente citada e apresentou contestação, na qual aduziu não haver ilícito a ser reparado, pela ausência de dolo.

É o relatório, DECIDO.

Cuida-se de pretensão indenizatória, sob o fundamento de que o autor se sente moralmente atacado com a apresentação de quadro humorístico pela ré.

Não lhe assiste razão, contudo.


É bem verdade que a honra e nome são protegidos, quer pela Lei Maior, quer pela Legislação infraconstitucional.

Ocorre que nossa Carta Magna também assegura a liberdade de expressão, sem censura (art. 5º, IV e IX), igualmente disciplinando as manifestações culturais (art. 215 e 216), bem como a atividade televisiva (art. 220/224).

Como se sabe, faz parte da nossa cultura sátira e humor, que, inclusive, alegram o povo brasileiro e, assim, não devem receber repreensão por parte do Judiciário.

A título de exemplo, a música do consagrado Chico Buarque, do final da década de 70, que se referia a uma determinada mulher de reputação duvidosa, nem de longe tentou ofender todas as Genis do Brasil.

A recente música do grupo Los Hermanos não pretende dizer que todas as Anas Julias partem o coração de seus pretendentes.

Nem toda Natasha é menina de vida irregular e nem foi isto que quis dizer o grupo Capital Inicial quando elaborou tal canção.

Além da música, outras manifestações culturais também adotam nomes de pessoas e, nem por isso, tencionam ofendê-las.

É o caso das revistas em quadrinhos.

Nem toda Mônica é violenta só porque Maurício de Souza criou o conhecido personagem, inspirado, inclusive, na sua filha.

Outros programas televisivos também adotam a prática de criar personagens com nomes comuns.

Não se quer dizer com isso que todos os integrantes da família Saraiva sejam impacientes ou de "tolerância zero".

Também não se acredita que todas as Ofélias sejam desprovidas de inteligência só porque um personagem fictício assim o é.

Igualmente não se considera todo Didi um trapalhão, o mesmo ocorrendo com os integrantes da família chaves.

As novelas -- autêntica manifestação cultural do nosso povo -- também adotam nomes comuns para designar vilões e pessoas de má índole, o que não significa que seus homônimos também o sejam.

Finalmente, considerando o cinema, em nenhum momento se pode dizer que todo Jason ou Freddy é assassino oriundo do sobrenatural.

Este próprio magistrado, na sua infância, foi também alvo de brincadeiras por seus colegas de colégio, pois seu patronímico Maia alude a um povo indígena estabelecido na América Central e no México, tratando-se também de um elefante personagem se uma antiga série televisiva. Nem por isso sofreu qualquer trauma ou dano moral a ser reparado. Note-se que não se trata de depoimento pessoal proibido pelo artigo 134, II, do C.P.C., pois não se refere ao caso concreto que envolve autor e ré, tratando-se apenas de um exemplo ilustrativo.

Até o próprio patrono do autor, Dr. Luciano Moita (a quem este magistrado honrosamente teve como aluno na graduação de Direito), talvez já tenha sido alvo de brincadeiras entre seus colegas e amigos, pelo fato de seu patronímico significar no vernáculo "grupo espesso de plantas", também se referindo a, conforme o dicionário Aurélio, "agir às escondidas, às ocultas, em silêncio". Nem por isso deve ter sofrido qualquer dor profunda a ser indenizada.

Não são aqui aplicáveis os artigos 16 e 17 do novo Código Civil, pois não é a pessoa do autor que está sendo objeto de ironia.

O prenome Tabajara, como é público e notório, alude a uma tribo indígena oriunda da Serra de Ibiapaba, no Ceará.

Termos em que, é evidente que o programa televisivo se refere a uma empresa fictícia, que teria o nome da mencionada tribo indígena, que é de conhecimento público (não se reportando à pessoa do autor).

Pode até ter ocorrido o fato de alguma pessoa inconveniente ter exagerado nas brincadeiras e ironias dirigidas ao autor, mas seria então o caso de ela ser processada pelo seu excesso, o que poderia ocorrer nas esferas civil e criminal.

Observo, finalmente, que em nenhum momento o autor pediu para retirar o programa do ar ou modificar o nome da fictícia empresa homônima, buscando assim preservar-se contra a continuidade da situação.

Optou por buscar indenização, equivalente a R$72 mil, que não impediria a continuidade da veiculação do humorístico e, assim, continuaria a lhe causar as alegadas humilhações.

De qualquer modo, ausentes os requisitos da responsabilidade civil, não há o que indenizar.

Isto posto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado nesta ação. Pela sucumbência arcaria o autor com os honorários de advogado, fixados em 15% do valor da causa, bem como pelas custas e despesas do processo, ficando isento enquanto beneficiário da gratuidade processual a ele deferida.

P. R. I.

São Paulo, 8 de março de 2004.

ROBERTO MAIA FILHO
Juiz de Direito

Diferença

Sabe qual a diferença entre os Juízes de Primeira Instância e os de Segunda?

Os primeiros acham que são Deus e os outros têm certeza!

As três frases do advogado

Quais são as três frases mais utilizadas por um advogado?
  1. Você tem dinheiro?
  2. Pode arrumar mais?
  3. Tem alguma coisa que possa vender?

Casamento celestial

Um casal jovem e apaixonado morre num acidente na véspera do casamento. Chegando ao Paraíso, pedem a Deus para que eles se casem lá mesmo. O Senhor responde:

- Esperem 5 anos, e se vocês ainda quiserem se casar, nós daremos um jeito.

Cinco anos se passam, e o casal continua com a firme intenção de casar. Eles vão outra vez à presença do Senhor e repetem o pedido. O Senhor mais uma vez responde:

- Infelizmente, vocês vão ter que esperar mais cinco anos.

Passados mais cinco anos, finalmente a resposta esperada:

- Ok, vocês podem casar. Nós teremos uma bela cerimônia este sábado na capela celestial.

Poucos meses depois, o casal já quer se separar. Eles vão à presença do Senhor, que ouve o pedido. Então ele, irado, responde:

- Olha, me levou dez anos para conseguir encontrar um padre aqui no Paraíso. Vocês têm idéia de quanto tempo vou levar para arrumar um advogado?

Bíblia

O advogado, no leito da morte, pede uma Bíblia e começa a lê-la avidamente. Todos se surpreendem com a conversão daquele homem e uma pessoa pergunta o motivo.

O advogado doente responde:

- Estou procurando brechas na lei.

Lápide

Certo dia estavam dois homens caminhando por um cemitério quando se depararam com uma sepultura recente. Na lápide lia-se:

"Aqui jaz um homem honesto e advogado competente".

Ao terminar a leitura um virou-se para o outro e disse:

- E desde quando estão enterrando duas pessoas na mesma cova?

No avião

O avião estava com problemas nos motores e o piloto pediu às comissárias de bordo para prepararem os passageiros para uma aterrissagem forçada, depois, ele chama uma atendente para saber se tudo está bem na cabine e ela responde:

- Todos estão preparados, com cinto de segurança e na posição adequada, menos um advogado, que está entregando o seu cartão aos passageiros!

A morte do advogado

O cliente liga para o escritório de seu advogado e diz:

- Bom dia, eu gostaria de falar com o Dr. Roberto.

A secretária, pesarosa, informa:

- Sinto muito, mas não será possível pois o Dr.Roberto morreu.

O cliente desliga e 10 minutos depois, em nova ligação, faz a mesma pergunta:

- Eu gostaria de falar com o Dr. Roberto.

A secretária informa novamente:

- Sinto muito, não será possível, o Dr. Roberto morreu.

Pouco depois, novamente, o mesmo cliente liga e fala:

- Eu gostaria de falar com o Dr. Roberto.

A secretária, irritada, diz:

- Meu amigo, o senhor já ligou três vezes e eu já lhe disse que seu advogado, o Dr. Roberto, morreu. Por que esta insistência?

- Ah, exclama o cliente, é que me faz tão bem ouvir isto...

Fraude

Aluno de Direito ao fazer prova oral.

- O que é uma fraude?

- É o que o senhor professor está fazendo - responde o aluno.

- O professor fica indignado. Ora essa, explique-se.

Então diz o aluno:

- Segundo o Código Penal, 'comete fraude todo aquele que se aproveita da ignorância do outro para o prejudicar'.

Nunca brinque com um Advogado

Dois trabalhadores estavam caminhando pelo acostamento da Rodovia, voltando de um duro dia de trabalho, quando um advogado, vindo a toda velocidade em seu carro importado, atropela os dois. Um deles atravessa o pára-brisa e cai dentro do carro do advogado e o outro voa a uns dez metros do local do atropelamento. Três meses depois ao saíram do hospital vão direto para a cadeia.

Um por invasão de domicílio e o outro por se evadir do local do acidente.

Moral da história.

Aprenda a respeitar as Regras de Propriedade dos Advogados. Confira:
  1. Se é teu e ele achar que é dele, é dele.
  2. Se não é teu nem de ninguém, é dele.
  3. Se ele gosta daquilo, é dele.
  4. Se está na mão dele, é dele.
  5. Se ele pode tomar de você, é dele.
  6. Se estava com ele há pouco tempo, é dele.
  7. Se é dele, nunca pode parecer ser seu.
  8. Se parecer ser dele, é s ó dele.
  9. Se ele achar que é dele mas não é, é dele, e não se fala mais nisso!

Violação

O Juíz perguntou à prostituta:

- Então, quando é que a senhorita percebeu que tinha sido violada?

A prostituta respondeu, limpando as lágrimas:

- Quando o cheque foi devolvido!

Desordem no Tribunal

Tem circulado na internet, por emails, em blogs e até mesmo em sites de humor, gafes cometidas por advogados e promotores durante seus interrogatórios a testemunhas e réus. Segundo o texto que antecede as gafes, os deslizes cometidos teriam sido reunidos num livro chamado "Desordem no Tribunal" e teriam sido realmente ditos. O que em nenhum momento foi dito foi quem é o autor de tal livro e qual foi a editora responsável por publicá-lo. Feita uma pesquisa no Google e em outros mecanismos de busca, nos sites de livrarias renomadas como Saraiva e Siciliano, nos sites de leilão como Ebay e Mercado Livre, e por último, mas não menos importante, em sites de lojas virtuais como Americanas.com e Submarino, utilizando a chave de busca "Desordem no Tribunal", em nenhum lugar existe o citado livro ou qualquer referência que leve a ele. Nos mecanismos de busca existem apenas links que remetem para o texto em si. Sendo assim, pode-se concluir que o livro não existe ou nunca foi publicado em português. Se pensar que a primeira hipótese é a mais provável, tudo não passou de criatividade de uma mente brilhante para o humor, mas infelizmente o responsável pela corrente é anônimo. Se considerarmos que a segunda possibilidade é a verdadeira, como ninguém ainda pensou em traduzir todo o livro e publicá-lo? Como não há forma de comprovar a veracidade do texto, limito-me a reproduzi-lo como ele está só para o conhecimento e diversão geral. E aproprio o título do mesmo para este blog.

Os fatos a seguir foram retirados do livro “Desordem no Tribunal”. São frases que as pessoas realmente disseram, e que foram transcritas textualmente pelos taquígrafos, que tiveram que permanecer calmos enquanto estes diálogos realmente aconteciam à sua frente.

Pergunta: Qual é a data do seu aniversário?
Resposta: 15 de julho.
P: Que ano?
R: Todo ano.

P: Foi este o mesmo nariz que você quebrou quando criança?

P: O que aconteceu depois?
R: Ele me disse, tenho que te matar porque você pode me identificar no tribunal.
P: E ele o matou?

P: Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória?
R: Sim.
P: E de que modo ela afeta sua memória?
R: Eu esqueço das coisas.
P: Você esquece... Pode nos dar um exemplo de algo que você tenha esquecido?

P: Que idade tem seu filho?
R: 38 ou 35, não me lembro.
P: Há quanto tempo ele mora com você?
R: Há 45 anos.

P: Então, a data de concepção do seu bebê foi 8 de agosto?
R: Sim, foi.
P: E o que você estava fazendo nesse dia?

P: O que significa a presença de esperma?
R: Significa relação consumada.
P: Esperma masculino?
R: É o único que eu conheço.

P: Ela tinha 3 filhos, certo?
R: Certo.
P: Quantos eram meninos?
R: Nenhum
P: E quantas eram meninas?

P: Aqui na corte, para cada pergunta que eu lhe fizer, sua resposta deve ser oral, ok? Que escola você freqüenta?
R: Oral.

P: Qual foi a primeira coisa que seu marido disse quando acordou naquela manhã?
R: Ele disse, "Aonde estou, Betty?"
P: E por que você o agrediu?
R: Porque o meu nome é Susan.

P: Seu filho mais novo, o de 20 anos...
R: Sim.
P: Que idade ele tem?

P: Sobre esta foto sua... o senhor estava presente quando ela foi tirada?

P: Sra. Jones, a sra. se considera emocionalmente desequilibrada?
R: Eu era.
P: E quantas vezes a sra. cometeu suicídio?

P: Poderia descrever o suspeito?
R: Ele tinha estatura mediana e usava barba.
P: E era um homem ou uma mulher?

P: O senhor está qualificado para nos fornecer uma amostra de urina?
R: Sim, desde criancinha.

P: Sr. Marcos, por que acabou seu primeiro casamento?
R: Por morte do cônjuge.
P: E por morte de qual cônjuge ele acabou?

P: Então, doutor, não é verdade que quando uma pessoa morre durante o sono, na maioria dos casos ela o faz de maneira calma e não se dá conta de nada até a manha seguinte?

P: Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em pessoas mortas?
R: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas...

P: Doutor, o senhor se lembra da hora em que começou a examinar o corpo da vítima?
R: Sim, a autópsia começou às 20:30h.
P: E o sr. Décio já estava morto a essa hora?
R: Não... Ele estava sentado na maca, se perguntando porque eu estava fazendo aquela autópsia nele...

P: Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor checou o pulso da vítima?
R: Não.
P: O senhor checou a pressão arterial?
R: Não.
P: O senhor checou a respiração?
R: Não.
P: Então, é possível que a vítima estivesse viva quando a autópsia começou?
R: Não.
P: Como o senhor pode ter essa certeza?
R: Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa.
P: Mas ele poderia estar vivo mesmo assim?
R: Sim, é possível que ele estivesse vivo e cursando Direito em algum lugar!