sexta-feira, 30 de maio de 2008

Desordem no Tribunal

Tem circulado na internet, por emails, em blogs e até mesmo em sites de humor, gafes cometidas por advogados e promotores durante seus interrogatórios a testemunhas e réus. Segundo o texto que antecede as gafes, os deslizes cometidos teriam sido reunidos num livro chamado "Desordem no Tribunal" e teriam sido realmente ditos. O que em nenhum momento foi dito foi quem é o autor de tal livro e qual foi a editora responsável por publicá-lo. Feita uma pesquisa no Google e em outros mecanismos de busca, nos sites de livrarias renomadas como Saraiva e Siciliano, nos sites de leilão como Ebay e Mercado Livre, e por último, mas não menos importante, em sites de lojas virtuais como Americanas.com e Submarino, utilizando a chave de busca "Desordem no Tribunal", em nenhum lugar existe o citado livro ou qualquer referência que leve a ele. Nos mecanismos de busca existem apenas links que remetem para o texto em si. Sendo assim, pode-se concluir que o livro não existe ou nunca foi publicado em português. Se pensar que a primeira hipótese é a mais provável, tudo não passou de criatividade de uma mente brilhante para o humor, mas infelizmente o responsável pela corrente é anônimo. Se considerarmos que a segunda possibilidade é a verdadeira, como ninguém ainda pensou em traduzir todo o livro e publicá-lo? Como não há forma de comprovar a veracidade do texto, limito-me a reproduzi-lo como ele está só para o conhecimento e diversão geral. E aproprio o título do mesmo para este blog.

Os fatos a seguir foram retirados do livro “Desordem no Tribunal”. São frases que as pessoas realmente disseram, e que foram transcritas textualmente pelos taquígrafos, que tiveram que permanecer calmos enquanto estes diálogos realmente aconteciam à sua frente.

Pergunta: Qual é a data do seu aniversário?
Resposta: 15 de julho.
P: Que ano?
R: Todo ano.

P: Foi este o mesmo nariz que você quebrou quando criança?

P: O que aconteceu depois?
R: Ele me disse, tenho que te matar porque você pode me identificar no tribunal.
P: E ele o matou?

P: Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória?
R: Sim.
P: E de que modo ela afeta sua memória?
R: Eu esqueço das coisas.
P: Você esquece... Pode nos dar um exemplo de algo que você tenha esquecido?

P: Que idade tem seu filho?
R: 38 ou 35, não me lembro.
P: Há quanto tempo ele mora com você?
R: Há 45 anos.

P: Então, a data de concepção do seu bebê foi 8 de agosto?
R: Sim, foi.
P: E o que você estava fazendo nesse dia?

P: O que significa a presença de esperma?
R: Significa relação consumada.
P: Esperma masculino?
R: É o único que eu conheço.

P: Ela tinha 3 filhos, certo?
R: Certo.
P: Quantos eram meninos?
R: Nenhum
P: E quantas eram meninas?

P: Aqui na corte, para cada pergunta que eu lhe fizer, sua resposta deve ser oral, ok? Que escola você freqüenta?
R: Oral.

P: Qual foi a primeira coisa que seu marido disse quando acordou naquela manhã?
R: Ele disse, "Aonde estou, Betty?"
P: E por que você o agrediu?
R: Porque o meu nome é Susan.

P: Seu filho mais novo, o de 20 anos...
R: Sim.
P: Que idade ele tem?

P: Sobre esta foto sua... o senhor estava presente quando ela foi tirada?

P: Sra. Jones, a sra. se considera emocionalmente desequilibrada?
R: Eu era.
P: E quantas vezes a sra. cometeu suicídio?

P: Poderia descrever o suspeito?
R: Ele tinha estatura mediana e usava barba.
P: E era um homem ou uma mulher?

P: O senhor está qualificado para nos fornecer uma amostra de urina?
R: Sim, desde criancinha.

P: Sr. Marcos, por que acabou seu primeiro casamento?
R: Por morte do cônjuge.
P: E por morte de qual cônjuge ele acabou?

P: Então, doutor, não é verdade que quando uma pessoa morre durante o sono, na maioria dos casos ela o faz de maneira calma e não se dá conta de nada até a manha seguinte?

P: Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em pessoas mortas?
R: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas...

P: Doutor, o senhor se lembra da hora em que começou a examinar o corpo da vítima?
R: Sim, a autópsia começou às 20:30h.
P: E o sr. Décio já estava morto a essa hora?
R: Não... Ele estava sentado na maca, se perguntando porque eu estava fazendo aquela autópsia nele...

P: Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor checou o pulso da vítima?
R: Não.
P: O senhor checou a pressão arterial?
R: Não.
P: O senhor checou a respiração?
R: Não.
P: Então, é possível que a vítima estivesse viva quando a autópsia começou?
R: Não.
P: Como o senhor pode ter essa certeza?
R: Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa.
P: Mas ele poderia estar vivo mesmo assim?
R: Sim, é possível que ele estivesse vivo e cursando Direito em algum lugar!

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